Agora que me apresentei e você viu pelo que eu passei por conta dos alisamentos, vou dar dicas para quem tem vontade de encarar a transição capilar. Vamos lá?
1 – Conheça-te a ti mesmo

Irmã S2
É bem sério isso. Se conheça e se respeite. Minha irmã fez o “big chop” (que é o corte que tira toda a química de uma vez só, ficando com o cabelo bem curtinho) porque ela sabia que não teria paciência para esperar o cabelo crescer para ir cortando de pouco em pouco e nem de se desdobrar para arrumar um cabelo metade cacheado e metade liso. Ela cortou e sofreu um período se adaptando com o cabelo curto e depois foi feliz. Já no meu caso eu sei que sou muito apegada ao comprimento do meu cabelo e dedicar tempo arrumando e modelando o cabelo para mim não é um problema, por isso não tive coragem de cortar todo o alisamento fora e fui esperando crescer e cada vez cortava um pouquinho. Demorou uns 4 a 5 cortes para sair toda a química do meu cabelo (pouco mais de um ano), mas para mim foi melhor assim.

Meio liso meio cacheado…
2 – Tenha paciência.
Esse é um período que exige muita paciência da gente. Tem dias que o cabelo simplesmente não vai dar jeito. Provavelmente nesse período todos os seus amigos vão decidir se casar e fazer grandes festas de casamento, de aniversário… e você lá com metade do cabelo de um jeito e metade de outro, com vontade de só sair de casa em 2023 quando tudo isso tiver passado. Fora os inúmeros comentários que certamente você vai ouvir de alguém questionando se acabou o dinheiro para a progressiva, questionando se você não penteou o cabelo, te lembrando como você ficava linda de cabelo liso. Paciência é uma virtude e vamos encarar isso como um exercício de evolução, combinado?
3 – Encare os fatos como são
Olha… o cabelo da Gisele Bündchen não é cacheado nem ondulado tá? Não adianta você querer parar de alisar e ficar sonhando com as ondas do cabelo da Gisele nos desfiles da Victoria´s Secret! Seu cabelo tem uma textura e uma natureza únicas que provavelmente são as mais harmônicas para a sua estrutura óssea e para os traços do seu rosto. A gente tem que fazer um esforço MUITO GRANDE para se desvincular dos padrões que a gente viu a vida toda nas revistas e passar a olhar com carinho para as nossas características e como é a melhor forma de trabalhar com o que temos.
4 – Texturizar
Sempre li que uma vez que você decide encarar a transição você NUNCA MAIS poderá tocar numa chapinha, num babyliss ou num secador de cabelo, sob a pena de danificar a estrutura dos seus fios para a eternidade. Bom… não foi isso que eu fiz! Me incomodava muito a franja com 2 texturas de cabelo. Nem me importava tanto com o resto, mas a franja me deixava balançada. Então eu, munida de protetor térmico, mousse e/ou laquê, descia o babyliss sem dó na minha franja e em algumas mechas aleatórias do meu cabelo até conseguir o efeito que eu queria. Veja bem, meus cachos estavam voltando e eu usava esses aparelhos para fazerem cachos. Isso é importante porque ouvi falar que o calor faz com que o fio memorize a forma que ele deve tomar, então realmente não deve ser bom fazer uma escova nele, né?
Nesse período difícil os mousses me ajudaram bastante. Sabe aqueles que você passa e deixa seu cabelo meio durinho depois? Pois então. Com o cabelo molhado eu passava desses mousses na ponta lisa dos meus cabelos, fazendo movimentos de baixo para cima, apertando para dar forma, e NUNCA MAIS encostava no cabelo até ele secar. Depois de seco pode apertar o cabelo de novo no mesmo movimento e ele não vai mais ficar durinho.
5 – No/Low Poo.
Polêmico isso né? Tem gente que ama e não vive sem, tem gente que não se adaptou e tem gente que jura que isso não faz o menor sentido. Bom, na minha experiência me ajudou e MUITO. A história é a seguinte (lembrando que eu não sou nenhuma profissional do ramo): O cabelo produz uma oleosidade natural que é importante para proteger os fios e deixá-los hidratados. Nos cabelos cacheados e crespos é mais difícil essa oleosidade chegar ao comprimento do cabelo e por isso falam que cabelos com essas características são mais secos e quebradiços. Quando usamos shampoos comuns, que contém sulfatos e parabenos e etc, é como se passássemos detergente nos cabelos, tirando essa oleosidade natural dele e fazendo com que ela não chegue nunca ao comprimento, e ainda fazendo com que o couro cabeludo entenda que o que ele produz não é suficiente e assim produzindo mais óleo. E aí temos o incrível fenômeno de pessoas com a raiz oleosa e comprimento seco. Parece ótimo, né? Era o meu caso. Quando passei a usar produtos liberados para Low Poo percebi meus cabelos infinitamente mais hidratados e com BEM MENOS frizz. O que ajuda muito na definição dos cachos!
Ainda sobre a técnica No/Low Poo, é importante falar que a escolha entre uma e outra não é bem uma escolha, ok? Quem define isso é o seu cabelo e só ele. Quanto mais cacheado ou crespo mais indicada a técnica No Poo, que preserva mais essa oleosidade do cabelo.
Amanhã falo sobre cuidados diários e os produtinhos que me ajudaram na transição capilar. Não vai perder, hein!
Beijos e até amanhã!
Rapaz…. transição né…. que fase….
Olha eu ali! (A irmã do “big chop”) Tem que ter paciência, paciência e paciência também. Eu falei paciência? E disciplina! E focar em outras coisas que te fazem se sentir bem/bonita, e a maquiagem pode ajudar muito! nos dias que tava OSSO eu passava um delineador é um batom vermelho e era tiro e queda